Vitalik escreveu sobre porque a privacidade precisa ser um pilar central do Ethereum, e não um complemento opcional. A ideia é simples: se todos os dados são públicos, quem quer que possa analisá-los acaba com o poder. A descentralização não é real se a informação em si não estiver protegida. Durante anos, o crypto basicamente evitou a privacidade porque não tínhamos as ferramentas para fazê-lo corretamente. Agora temos ZK, FHE, todas as coisas de crypto programáveis que permitem que os usuários permaneçam protegidos sem confiar em ninguém. Ele divide a privacidade em três ideias: 1. Privacidade = Liberdade Se tudo o que você faz é visível, você começa a se comportar em vez de agir como realmente deseja. A privacidade dá às pessoas espaço para serem humanos normais sem pensar “quem está me observando agora.” 2. Privacidade = Estabilidade Muitos sistemas dependem de segredos seletivos. Cédulas secretas existem por uma razão. Se cada ação fosse pública, tudo seria distorcido por pressão, suborno ou dinâmicas sociais. 3. Privacidade = Inovação Saúde, AI, aplicativos personalizados, tudo isso precisa de dados sensíveis. As pessoas não vão compartilhá-los a menos que a tecnologia garanta segurança. A criptografia nos permite usar dados sem expor a pessoa por trás deles. Ele termina com um aviso bastante real: AI, biometria, interfaces cérebro-computador… a quantidade de dados que os humanos geram está prestes a explodir. Se a privacidade não for incorporada agora, será muito difícil recuperá-la depois. Mas o lado positivo é enorme: uma criptografia forte poderia fazer a internet parecer muito mais segura e muito mais cooperativa do que o que temos hoje. “Privacidade não é sobre se destacar. É sobre estar juntos.”