Este vídeo é simplesmente surrealista. Éric Coquerel, presidente da Comissão de Finanças na AN, aparentemente não entendeu nem a taxa Zucman, nem o funcionamento de uma start-up. Hedwige Chevrillon pergunta-lhe: como poderia Arthur Mensch pagar a taxa Zucman (2% ao ano sobre o patrimônio) se a Mistral AI está avaliada em 14 bilhões de €? Coquerel: "Se a sua empresa não ganha dinheiro, ela não produz patrimônio." Chevrillon: "Mas sim, a Mistral IA vale 14 bilhões e Arthur Mensch possui 20%." Coquerel: "Ele não pagará essa taxa, porque isso diz respeito apenas às pessoas que ganham dinheiro." O presidente da Comissão de Finanças nem sequer entende a taxa que defende. Para lembrar, uma taxa de 2% sobre o patrimônio de Arthur Mensch representaria mais de 200 milhões de euros por ano, enquanto Arthur Mensch deve se pagar um salário de algumas dezenas de milhares (talvez centenas de milhares) por ano... Como todas as start-ups, a Mistral IA reinveste e ainda não é lucrativa. Resultado? Se ele tivesse que pagar essa taxa, seria forçado a vender a Mistral IA. Uma joia francesa, sacrificada. E depois se surpreendem que a França não tenha visto surgir novos campeões mundiais nos últimos 40 anos. O que é necessário não é taxar o patrimônio profissional (que não traz nada ao seu proprietário), mas garantir que Arthur Mensch pague muitos impostos (muitos) no dia em que vender suas ações ou receber dividendos. Aí, sim, ele contribuirá massivamente. Mas antes, isso só vai matar as joias francesas...