Um dos amigos da minha família faleceu esta semana. Doloroso, mas era esperado - como era hereditário, eles estavam na casa dos 60 anos e quase todo mundo estava preparado para isso, tanto quanto se pode estar preparado para esse tipo de coisa, suponho. Não tínhamos entrado em contato desde o início do COVID, mas todos sobrevivemos, mais ou menos. Em algum momento no meio do processo fúnebre, fui transportado quase uns bons 25 anos de volta ao passado, quando meus pais costumavam me levar para sua casa para brincar em seu novo computador e internet banda larga, com seus dois filhos (quase uma década mais velhos que eu, mas com toda a paciência que um adulto de pleno direito teria) como meus amigos e professores. Aprendi a usar o eMule, "quebrar" um CD, montar um .iso, instalar uma cópia do Windows XP, drivers. Como instalar aplicativos/toques gratuitos em um celular Nokia/Siemens, use uma antena de sintonia de TV em um telefone para assistir a canais de TV analógicos pixelados de 144p, graças à sua tutela. Skins Winamp, experimentando versões iniciais de editores de imagem, gravação VHS de TV via satélite, gravação de CDs com música (caro ..), a lista continua e continua. Tudo isso ao lado de brincar na areia e comer terra, como as crianças costumam fazer nessa idade. Um tempo mais simples que parece quase uma vida atrás da sociedade acelerada de hoje. No entanto, isso me fez dar um passo para trás e pensar em quantas pessoas deixaram este mundo sem ter uma ideia dos grandes eventos, mudanças, mudanças de paradigma que acontecem apenas alguns anos depois de terem deixado este planeta? Quantos deixaram este planeta pouco antes da internet de banda larga se tornar onipresente? Quantos não conseguiram ver smartphones, 4G, mídias sociais e nossos hábitos mudando massivamente? Quantos nem chegaram a ver a criptomoeda se tornar uma coisa, apesar de serem os primeiros a acreditar no Bitcoin? Quantos nem conseguiram ver o caos que era o COVID? Quantos não sobreviveram ao COVID para viver na era da proliferação da IA? ...