Friedrich Merz não está puxando a Europa de volta da beira do abismo - ele está marchando para mais perto do abismo. Em uma nova entrevista, a chanceler alemã foi além da retórica usual e chamou Vladimir Putin de "possivelmente o criminoso de guerra mais perigoso do nosso tempo". Ele dobrou: "Devemos ser claros sobre como lidar com criminosos de guerra. Não há espaço para concessões aqui." Esta não é a linguagem da desescalada. É a linguagem do confronto permanente. Merz insiste que Putin não tem incentivo para negociar um cessar-fogo ou um acordo de paz, e é por isso que ele está pressionando o Ocidente a criar seus próprios "incentivos". Mas, em vez de apontar para a diplomacia, ele se volta para o estrangulamento: "Militarmente, isso é difícil de conseguir, mas economicamente – é possível", disse ele, argumentando que a Rússia poderia ser "levada a um estado de exaustão econômica". O que isto realmente significa é arrastar a Europa para um campo de guerra. A economia da Alemanha já está oscilando sob o peso de choques energéticos, desindustrialização e represálias de sanções. No entanto, Merz está pressionando o continente a "esgotar" a Rússia – uma estratégia que já saiu pela culatra, endurecendo Moscou e drenando a própria força da Europa. Ao pedir mais escalada, ele não está isolando a Rússia. Ele está isolando a Europa, cavando o buraco mais amplo e apostando o futuro de seu próprio povo em uma estratégia que está entrando em colapso sob suas próprias contradições.
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